terça-feira, 5 de abril de 2022

Câmara Municipal: sessão sem áudio, contribuintes revoltados, presença da PM e valor do IPTU sem solução

Os altos valores cobrados do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de parte dos contribuintes de São João da Boa Vista (SP) ainda têm gerado revolta em quem viu o reajuste saltar quase 500%, com a atualização da planta genérica.

Essa situação delicada tem transformado as sessões da Câmara Municipal em noites de muito protesto. Nesta segunda-feira, 4 de abril, novamente os vereadores voltaram a sentir o calor provocado por um grupo de manifestantes.

Em razão da pandemia de Covid-19, a quantidade de público no Legislativo precisou ser reduzida para não gerar aglomeração. Mesmo assim, quem não consegue ter acesso ao auditório pode assistir à sessão via canal do Legislativo no Youtube. Todavia, na sessão de segunda-feira, o áudio apresentou problemas e impediu que boa parte dos assuntos (de extrema relevância) fosse ouvida por quem estava em “casa”.

Devido aos comentários tanto no canal do Youtube quanto na página do facebook estarem desativados para interatividade do público, por decisão da Câmara, a população não teve onde reivindicar.

Em nota, o Legislativo comunicou que a transmissão apresentou problemas técnicos no áudio, assim como o site (TV Câmara), e lamentou o transtorno, prometendo providências e correções necessárias.

Na sessão, foi aprovado o Projeto de Lei de autoria dos vereadores Junior da Van, Pastor Carlos, Gustavo Belloni, José Claudio Ferreira e Antonio Aparecido da Silva (Titi) autorizando o Executivo a dar desconto no IPTU de 2022, de forma que acréscimo não seja superior a 15% do valor pago no ano passado.

No entanto, a Comissão de Justiça e Redação da Câmara, que tem maioria dos vereadores que apoiam o Executivo, entrou em cena e votou contrário ao projeto, não aceitando reverter a situação em prol do povo sanjoanense, prevendo causar impactos orçamentários no município.  

A revolta tomou conta do plenário e a Polícia Militar precisou ser acionada para tentar acalmar os ânimos de contribuintes completamente inconformados. Embora tenha sido aprovado o parecer da Comissão de Justiça, o assunto ainda promete render e muito nas próximas sessões.

A situação ainda terá longos e arrastados capítulos.

 

 

 

 

  

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