sexta-feira, 7 de março de 2014

O racismo nosso de cada dia

Infelizmente, tem muita gente assim. Muito mais do que se imagina. Quem é negro sabe. É por isso que concordo com a interdição do estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim (SP), decidida pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol do Estado de São Paulo, após as ofensas racistas de alguns “torcedores” do Mogi Mirim destinadas ao volante Arouca, do Santos, e flagradas por repórteres que o entrevistavam.  

Estive no estádio, com a família, mas só fiquei sabendo do que aconteceu somente após chegar em casa. É óbvio que a situação me deixou revoltado. Como negro, gostaria que, além da interdição, fossem também identificados e presos os agressores.

São nessas horas que, camufladamente, os racistas entram em cena, principalmente quando sabem que dificilmente serão reconhecidos por estarem no anonimato.

Somente com punição rigorosa é que os casos de racismo poderão diminuir. E não é somente no futebol, não. Nós negros sabemos que no dia-a-dia há muitos casos do tipo que não são denunciados.

Conforme disse o volante do Cruzeiro, Tinga, outro jogador vítima de ofensas, mas no Peru, o racismo muitas vezes está no olhar das pessoas.

E o negro sabe definir isso mais que ninguém. Ah, se o olhar falasse...



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