Em meio a tanta gente vestida com as cores
verde, azul e amarela, o preto não teve tanto destaque nas vias públicas do
país, neste domingo, dia 15, durante as manifestações contra o atual governo.
Desde a manhãzinha fiquei ligado
acompanhando a movimentação, em todo o país, por meio da televisão e internet.
Um fato que me chamou bastante atenção, mas
que a mídia preferiu deixar “por debaixo dos panos”, foi a presença
reduzidíssima de negros protestando. Sinceramente, deu pra contar nos dedos os
de pele escura (igual a minha).
A baixa adesão de negros nas ruas pode simbolizar
ao menos duas perguntas: por que apoiar as birrinhas da elite? Não seria um
gesto de bater palmas para um passado triste e comemorar o retrocesso?
Entendo que sim. Afinal, oportunidades
relacionadas a políticas públicas só tiveram ênfase depois de 2003. Só não as vê
quem não quer. Um dos benefícios considerados fundamentais são as cotas para
negros nas universidades federais, embora sejam questionadas por parte daqueles
que nunca sentiram na pele o que é ser discriminado neste país racista.
Quantos aos protestos, minha opinião é a
seguinte: são legítimos. Entretanto, querer forçar a barra, passando por cima
da Constituição, exigindo que a presidente deixe o cargo, desta forma, seria um
ato antidemocrático.
E mais, boa parte das pessoas “disfarçadas”
com as cores azul e amarela ( da oposição) acha que se houvesse o impeachment,
o neto do Tancredo, derrotado nas eleições de 2014, é quem assumiria o comando
do Brasil. Tem cabimento? É claro que não.
O ódio é tão grande que pensam desta maneira
equivocada.
É por isso que ninguém melhor do que as
urnas do ano passado para reforçar que a maioria do povo brasileiro decidiu
pela continuidade do governo.
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