sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Desenvolvimento e oportunidades

Muitas são as histórias de conquistas e superação, que podem ser ouvidas sobre o Distrito Industrial de São João da Boa Vista tanto pelo lado dos empresários quanto pelo lado dos funcionários. A Prefeitura Municipal transformou o sonho de muita gente em realidade com as oportunidades oferecidas.
Ao chegarmos em uma das empresas instaladas no Distrito, logo nos deparamos com um sorriso aberto vindo de uma jovem chamada Daine Benites, 25, aparentemente muito feliz. O motivo de tanta felicidade foi revelado. A jovem passou quatro anos sem o registro na carteira de trabalho depois que perdeu o emprego em uma transportadora. Na época, tentou de tudo para ser encaixada no mercado de trabalho, mas não conseguiu por causa de um detalhe considerado fundamental nos dias de hoje: a qualificação. “Levei meu currículo em várias empresas, inclusive nesta em que estou hoje, mas infelizmente não fui chamada porque não estava preparada”, afirma. Tendo consciência de que era necessário se qualificar, ela fez os cursos de capacitação oferecidos pela Prefeitura, e logo viu a sua carteira de trabalho assinada novamente. “Antes (quando estava desempregada) não podia ajudar minha família. Hoje, posso comprar minhas coisas”, enfatiza Daine, auxiliar de produção na Autocam.
Localizado às margens da Rodovia SP 342, que liga São João da Boa Vista a Aguaí, o Distrito Industrial tem avançado de forma impactante.
Ao passar pelo local é possível observar o grande volume de empresas instaladas, mostrando que São João tem sido a “bola da vez” no quesito atração de empresas e geração de emprego.
O esforço do prefeito Nelson Nicolau em fortalecer o desenvolvimento municipal tem sido intenso. Já são quase 30 empresas com áreas no Distrito Industrial, entre as já instaladas e as que estão no processo de construção ou ampliação, sem contar com aquelas que estão a caminho da “Cidade dos Crepúsculos Maravilhosos” para assinarem o contrato de recebimento de área.
“A Feliz Cidade”, nome carinhosamente adotado por Nelson Nicolau possui ao todo mais de 1.100 empregos gerados no Distrito Industrial. O aumento do número de empreendimentos gerou muitas oportunidades para quem estava atrás de uma vaga. Gente que havia perdido a esperança de uma colocação conseguiu agarrar a chance, devido os cursos de qualificação. Diz-se isso porque nenhuma das empresas instaladas no Distrito Industrial admite funcionários que não estejam preparados.
O avanço da tecnologia fez com que o mercado se tornasse muito mais exigente. Em razão deste detalhe, os candidatos tiveram que encarar os estudos. Muitos que estão empregados afirmam que se não fosse à capacitação oferecida pela Prefeitura, estariam excluídos do mercado de trabalho.
Um dos exemplos é Flávio César Cazarotto, 27 anos, que ocupa um cargo importante dentro de uma das mais conceituadas empresas instaladas no Distrito Industrial, a Nogueira Implementos Agrícolas. Quem o vê com a prancheta nas mãos, gesticulando pra lá e pra cá, fazendo anotações, não imagina o quanto foi suado chegar ao posto de líder de produção. Há pouco tempo, Cazarotto encarava a dura jornada na lavoura debaixo de chuva e sol. As condições financeiras não eram favoráveis. Para reverter à situação e ser admitido por uma grande empresa onde pudesse crescer profissionalmente seria necessário estudar.
E ele estudou graças ao incentivo da Prefeitura, que estava oferecendo oportunidades de capacitação gratuitas em uma parceria com o SENAI. Quando soube, o líder de produção não pensou duas vezes. Decidido, ele se inscreveu em três cursos: mecânica de usinagem, programador operador e soldador. “Decidi apostar nesta área. Se não fossem os cursos (qualificação), não estaria na empresa. Entrei como ajudante e fui crescendo”, destaca o jovem que pretende se aperfeiçoar cada vez mais.
O auxiliar de solda, Ricardo César Riquena, 30, pensa de forma parecida. No cargo há sete meses, ele agradece a vinda dos cursos de qualificação e, principalmente por ter sido inserido no mercado de trabalho. Riquena dedicou-se nos cursos de qualificação (habilidades gerais, mecânica básica, operador de torno e soldador). “Fiz os cursos e hoje estou aqui”, conclui.
No momento em que o empresário assina o contrato de recebimento de área no Distrito Industrial é firmado um acordo que exige determinada quantia de vagas para os trabalhadores de São João.
Em razão deste item que dá prioridade à mão de obra local, a Prefeitura implantou o Programa de Qualificação de Mão de Obra do Município. Trata-se de uma parceria entre Prefeitura de São João da Boa Vista, SERT (Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho), SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem) e Agência de Desenvolvimento.
O objetivo é capacitar os trabalhadores locais e melhorar o acesso deles às vagas de emprego. Os cursos são destinados às pessoas naturais de São João da Boa Vista ou que sejam residentes no município há pelo menos três anos. As vagas são preenchidas por quem tem entre 18 e 53 anos de idade. Também se encaixam nas regras, os desempregados formais que necessitam de capacitação.
Quando recebem o convite para visitar São João da Boa Vista, os empresários logo se apaixonam pela cidade e se mostram dispostos e otimistas a instalarem suas empresas no município. Isso acontece porque são vários os fatores de incentivo oferecidos pela Prefeitura Municipal. Entre eles estão: estrutura, localização, isenção de impostos e apoio. São condições que tem feito à diferença.
Hoje, o Distrito Industrial é uma realidade. A área é gigante e está ocupada por empresas de diversos segmentos. São vários os galpões que estão sendo construídos ou ampliados em ritmo acelerado para oferecer empregos à população. A maioria das áreas que não estão ocupadas já está doada. E mais delas serão implantadas com apoio da Prefeitura de São João. Isso representa novas oportunidades para os sanjoanenses.
Desde que assumiu a Administração Municipal, em 2005, o prefeito Nelson Nicolau vem mostrando empenho em convencer os empresários a virem para São João. Tanto, que de lá pra cá, foi comprada uma área equivalente a 1.000.000 m2 (um milhão de metros quadrados).
A Nogueira Máquinas Agrícolas foi uma das primeiras a se instalar no Distrito Industrial, na gestão do prefeito Nelson Nicolau. A empresa, que atua no ramo de produtos agrícolas, conta hoje com cerca de 300 funcionários, sendo que 90% são de São João da Boa Vista. Segundo o gerente de Recursos Humanos, Carlos Francisco, a empresa deverá ampliar a unidade. “Precisamos crescer. Não têm uma data definida ainda. Mas sem dúvida a fábrica já está pequena. Então, nós temos a pretensão de ampliar”, finalizou.
No mercado de fabricação de implementos agrícolas com foco em projetos e montagem, a Nogueira exerce suas atividades há 53 anos. Vinda de Itapira (SP), as atividades são desenvolvidas em São João da Boa Vista desde 2007. “São João foi referência como uma cidade que estava investindo em um novo Distrito Industrial, e oferecendo incentivos fiscais e de aluguel e, principalmente pela forma transparente das negociações com a Administração Municipal”, enfatizou Carlos Francisco.
Outra empresa bem instalada é a Usian (Usinagem e Ferramentaria Industrial). Localizada em uma área de 6.200 m 2, a empresa conta com um quadro de 26 funcionários. Há dois anos no Distrito Industrial, o proprietário Carlos Alberto Ansani exalta os resultados obtidos. “Agora estou ampliando e fazendo a parte de calderaria. No ano que vem inauguro a sala de controle de qualidade e partindo para a ISO9000 (expressão que designa um grupo de normas técnicas que estabelecem um modelo de gestão da qualidade para organizações em geral)”, destaca.
De empregado a patrão. Em décadas passadas Ansani atuava como empregado, mas hoje, tornou-se um bem sucedido empresário do setor. O investimento não para. Recentemente, a empresa adquiriu um centro de usinagem moderníssimo capaz de dobrar a produção em menos tempo. Cada vez mais aumentando a linha de produção, a empresa recebeu uma área de 10.000 m2, da Prefeitura. O proprietário garante que deverão ser contratados novos funcionários. Segundo o empregador, a idéia é oferecer pelo menos outras 30 vagas. “A gente procura dar oportunidades para quem faz os cursos de qualificação”, afirma.
Eduardo Serrano, 23 anos, está há cinco meses na empresa. O jovem, que antes trabalhava como instalador de som fez os cursos de qualificação e partiu para outro ramo. Atualmente opera as modernas e sofisticadas máquinas da empresa. “É uma profissão em crescimento”, disse.
Para o programador e operador, Luis Gustavo Martins, os cursos foram fundamentais. O operador de torno, Douglas Martins, 25, tem a mesma opinião. “Se não tiver qualificação, não se chega a lugar nenhum”, enfatiza o funcionário que está na empresa faz dois anos.
Entre as empresas instaladas no Distrito Industrial com maior número de funcionários está a Autocam, fabricante de acessórios automotivos. São duas unidades que somam 363 funcionários, sendo a maioria sanjoanense.
A empresa de origem americana está em São João da Boa Vista desde 2005 ocupando uma área de 20.000 m2, sendo 7.200 m2 de construção. Além do Brasil, a multinacional possui unidades nos Estados Unidos, Polônia, França e China. Fornece equipamentos para as principais montadoras (FIAT, GM, FORD e WOLSKWAGEM).
“Produzimos peças de pequenas dimensões. São componentes para motores a diesel, peças para airbag, freios, ar condicionado de veículos e tudo voltado para peças de precisão”, destaca o gerente geral, José Roberto Chapari.
“A Autocam se instalou em São João devido aos incentivos oferecidos pela Prefeitura. Entre eles está a qualificação de mão de obra”, garante o gerente.
“Para a busca do ‘zero defeito’ é preciso de bons equipamentos e bons profissionais. Mesmo quando a gente recebe um profissional vindo do SENAI, precisamos de dois anos de treinamento interno, para que ele esteja apto a produzir com qualidade”, afirma Chapari.
No ano que vem, a empresa desenvolverá outro projeto que envolve a produção de componentes para a linha médica. “Não podemos ficar num foco só”, afirma o gerente. A Autocam fabrica nos Estados Unidos, vários componentes da linha médica, incluindo modelos de próteses. O que é fabricado lá será produzido em São João. Toda a documentação necessária para o início das atividades será encaminhada à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para que o projeto seja desenvolvido. Segundo Chapari, novos empregos deverão ser gerados. “E aí sim precisaremos de profissionais muito mais qualificados porque as máquinas são modernas e de última geração”, conclui.
Este é o ritmo do Distrito Industrial de São João da Boa Vista, que segue cada vez mais acelerado para receber novas empresas. E nesta velocidade, quem chega à frente é a população sanjoanense sempre ganhando oportunidades de crescimento profissional e pessoal.

Um comentário:

Danilo disse...
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