terça-feira, 3 de novembro de 2020

A vida é uma roda gigante

Eu tinha uns 13, 14 anos, não me recordo muito bem, a última vez em que visitei um parque de diversão. Isso aconteceu lá na década de 1990, em São João da Boa Vista (SP). Naquela época, empresas de entretenimento traziam à cidade brinquedos que atraiam crianças, adolescentes, jovens e até mesmo adultos. 

Os parques, que ficavam lotados, eram instalados costumeiramente em uma área da rua Henrique Cabral de Vasconcellos, principal via pública do bairro DER. Hoje, o terreno dá lugar a um gigante galpão, construído para uma rede de supermercados.

Era divertidíssimo escorregar no famoso tobogã, pilotar os concorridos carrinhos bate-bate e girar muito no chapéu mexicano, provocando até sensação de tontura. Eu, meus irmãos e colegas de infância não víamos a hora de aproveitarmos aqueles bons momentos de lazer. 

A gente pagava a entrada e ficava por um determinado período desfrutando de todas as atrações. Contudo, devido à quantidade de gente, somente nos brinquedos mais “chatos” era possível ficar repetindo, já que os mais interessantes, claro, geravam enormes filas.      

A roda gigante, com cadeiras que balançavam muito, reunia um público razoável. Era um atrativo que permitia refletir sobre a vida, enquanto ela dava as suas voltas.

Sua estrutura de alternância fazia a gente começar por baixo e ir subindo, subindo até chegar ao topo. Em muitas vezes, quando parava lá no alto, mesmo que por alguns segundos, para que outras pessoas tomassem seus assentos, dava aquela sensação de superioridade.

Você subia e descia, mas sabia que em certo momento teria que deixá-la para dar lugar a outro ocupante.  Mas por quê?  Porque tinha gente na fila querendo utilizar o brinquedo.

Se quisesse aproveitar mais, o jeito era retornar à fila. Fazendo uma simples analogia com a vida, aqueles momentos na roda gigante me fizeram entender que tudo é efêmero. Ou seja, se hoje sou isso ou aquilo, amanhã já não mais.

É preciso saber conviver com a rotatividade e entender sobre os ciclos da vida. Se a pessoa enfrenta alguma dificuldade hoje, não significa que a situação será para sempre. Tudo passa, tudo passará. 

Trazendo para os dias atuais, reforço que tenho aprendido muito sobre como lidar com certas questões complicadas de serem resolvidas. A leitura da Bíblia Sagrada e a minha presença em cultos têm me dado entendimento sobre conduta diária. 

Não basta apenas frequentar determinada igreja, mas não praticar o que as escrituras recomendam.

A vida é feita de altos e baixos. Confesso que não é tão simples suportar afrontas, julgamentos, acusações, desdém, enfim, palavras pesadas que chegam a ferir.

Em outros tempos poderia até rebater, guardar ódio, mágoa, raiva, rancor, desejar vingança. Não vale a pena. O melhor a se fazer é seguir às recomendações de Jesus Cristo, obedecer aos mandamentos de Deus e crer de todo o coração. A vitória é certa quando há confiança no Senhor.  

A mensagem de Jesus no livro de João, capítulo 16, versículo 33, destaca: Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

 

Nenhum comentário: