domingo, 15 de junho de 2014

Combustível musical é tudo que o artista precisa para se manter na congestionada rodovia


Tem gente que canta muito, não é verdade? Sim, verdade. Talento é o que não falta por esses cantos do Brasil. Como sou ligado à música, gosto de ler, ouvir, assistir e conferir tudo relacionado ao meio. Considero necessário estar informado e atualizado. Neste domingo, em meio ao noticiário de Copa do Mundo, dediquei parte do tempo para assistir ao programa “Super Star”, do Plim-Plim.

No entra e sai de participantes, cada um melhor que o outro, arrisquei-me em dizer que, alguns deles, são capazes de desbancar muitos consagrados. É que hoje em dia não basta apenas cantar bem. Nesses programas, por exemplo, os candidatos precisam convencer o corpo de jurados. E nem sempre, eles emitem avaliações convincentes. Às vezes, os melhores artistas não seguem adiante por falta de preparo do próprio jurado. Para quem se despede injustamente, dá apenas para se comemorar bem rápido, a chance da aparição para o mundo todo. 

Por tratar-se de uma Globo, mesmo que as exibições sejam efêmeras, sem dúvida fazem com que as agendas dos eliminados engordem um pouco. Mas, o fato de os cantores, cantoras ou bandas terem ficado alguns minutos em evidência, não significa nenhuma garantia de sucesso.

Quer ver só? Faça o teste. Por onde andam os destaques da edição mais recente do The Voice Brasil?  Bem sumidos.

Não seria nenhum absurdo afirmar que muitos dos que brilharam naquela atração nem estejam mais na memória de quem os assistiu.

Gosto de dizer que o combustível fornecido por esses programas de televisão é bem limitado.  Dá apenas para ir e voltar. Por isso, os artistas não podem se iludir e achar que são estrelas mesmo com a evidência.

Não é nada fácil permanecer na rodovia musical. Tem que ter muito combustível e muita paciência para enfrentar os congestionamentos de gêneros.






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